Escrito por Família Theia

Que toda criança seja educada para ser livre, honesta, justa, respeitosa e empática.

Não existe uma fórmula mágica para criarmos e educarmos crianças livres e respeitosas. A educação, como sabemos é um processo constante e complexo que se inicia desde os primeiros dias de vida da criança e evolui conforme ela vai experimentando o mundo.

Partindo dessa premissa, porque não contribuir com o crescimento social dos nossos pequenos?

Vou falar um pouco sobre algumas técnicas e rotinas que utilizo em casa, com a minha filha que podem surtir ótimos efeitos de reflexão e empatia para a criança e para a família.

1. Tente se afastar dos estereótipos

Já chegou a hora de nos livrarmos daquela história de "brinquedo de menino" e "brinquedo de menina" certo?

Levando essa reflexão à outra esfera podemos perceber claramente que a homofobia tem muito do machismo.

Existir papéis destinados especificamente para mulheres e para homens reiterados pela legitimação da repressão, nada mais é do que a origem das manifestações de ódio contra pessoas de gênero e sexualidade diferentes do padrão cis heteronormativo.

Portanto, sugiro que deixemos nossas crianças brincarem com o que quiserem. Meninos brincam de boneca e meninas jogam futebol, se assim o quiserem fazer.

2. Tente não reproduzir "piadas" ou discursos homofóbicos

Tudo na vida de uma criança é exemplo, não é mesmo?

Várias vezes vejo minha filhota reagindo a situações cotidianas exatamente da mesma forma como eu reajo. Portanto, todo cuidado é pouco com o que falamos e fazemos perto dos pequenos.

É cultural no humor sem humor brasileiro, por diversas vezes, ironizar, satirizar e rebaixar pessoas LGBTQIA+, às vezes ouvimos esse tipo de coisas em reuniões de família, no restaurante, na praça e até mesmo na escola.

A dica aqui é, quando não for possível evitar que a criança escute, tentar sempre explicar que tal atitude não é correta e que pode magoar, ferir e machucar outras pessoas. É tudo sobre empatia.

3. Desenhos, filmes e séries que mostram diferentes estruturas familiares.

Crianças podem ter duas mães, dois pais, uma avó, um tio, dois tios, dois pais e uma mãe e assim por diante...

Já passou do tempo de entendermos que nem todas as crianças são criadas por uma mãe e um pai cis.

Para mostrar que qualquer constituição familiar é legítima que tal mostrar pra criançada alguns desenhos que reproduzem a diversidade de formatos?

Dicas de desenhos:

  • The Loud House
  • Clarencio, o Otimista
  • Gravity Falls
  • Doutora Brinquedos
  • O show da Luna
  • Steven Universo
  • Apenas um show

4. Converse muito com sua criança.

Conversar traz segurança. Crianças precisam de segurança.

Contanto que acompanhe a fase da criança, as conversas são sempre a melhor saída para reflexões que surgem no cotidiano dos pequenos.

Coisas que escutam na escola, coisas que vêm na TV, coisas que alguém os contou. Eles são curiosos e querem saber. É nossa função orientar, explicar e fazê-los chegarem em conclusões sensatas e que acalente seus coraçõezinhos.

Não importa quantas vezes for, se for preciso repetir, repita, mas nunca deixe de orientar, nunca deixe seu filhote no "escuro".

5. Ensine seus filhos a amar.

Afinal, é tudo sobre amar.

Ensine seu filho a amar o próximo, a ter compaixão e empatia.

Ensine seu filho que todos somos iguais independentemente de gênero, raça ou sexualidade.

Ensine seu filho que agressividade e violência nunca serão uma opção.

Ame e o ensine a amar e você já terá cumprido 80% da missão de criar um ser humano incrível.

Sugerimos a leitura de alguns outros textos que podem ajudar na educação da criança (e dos pais):