Escrito por Família Theia e Sandra Quero (psicóloga e educadora parental)

Desde nosso primeiro contato com o amor crescemos com o conceito de que basta amar. Quando perguntamos para alguém: como você manifesta seu amor para quem está à sua volta e é importante para você? É comum as pessoas dizerem: “basta falar e pronto”. Será que esse é o único ou melhor jeito de manifestar o amor?

O amor é complexo e subjetivo, faz parte da singularidade de cada um. E assim como outros sentimentos, sua expressão no mundo depende da cultura em que está inserido. Depende de como aprendemos a manifestar o que sentimos para o outro.

Operacionalizar o amor não é tarefa fácil. Há diferenças entre o sentimento de amor e a demonstração de amor.

Vamos tomar como exemplo a relação entre pais e filhos. A maioria das mães e dos pais, tem certeza do amor que sentem por seus filhos. Porém como ele é manifestado? Os filhos se sentem amados nessa relação? Essas são as grandes questões a serem resolvidas!

É importante observarmos que aquilo que para os pais é entendido por amor (amar é dar limites e cuidar), pode ser bem diferente do que a criança entende como amor (amar é brincar junto). Então como resolver essa questão?
Nesse caso, sem abrir mão do que amar representa para os pais, é importante demonstrar o amor pelo contato físico, com palavras carinhosas, fazer brincadeiras e passeios juntos, fazer surpresas, escrever um bilhete carinhoso e deixá-lo na lancheira da escola, por exemplo. Essa é a linguagem que a criança entende.

É importante que o sentimento esteja alinhado com a ação, com o que se quer comunicar. Deve, também, estar na mesma linguagem do receptor. Por exemplo, se amo minha avó, nunca vou visitá-la e nem faço um telefonema, como ela saberá que a amo?

Lembre-se: cuidar das nossas relações é cuidar da nossa saúde mental também! Que tal incluir na sua rotina uma manifestação de amor e gratidão por dia? Sua família e as pessoas queridas à sua volta vão agradecer!