Escrito por Família Theia e Dr. Julio Caio Côrte Leal Filho

Um dos momentos mais aguardados pelas famílias é a hora de introduzir alimentos novos para o bebê. O melhor é começar pelas frutas e depois passar para refeições salgadas.

Para os que estão em aleitamento misto (leite materno e fórmula) ou artificial (fórmula) é possível, em algumas situações específicas, começar a dar frutas aos 4 meses. Mas depende muito da condição clínica e estágio de desenvolvimento do bebê, assim como da logística da família.

Já os bebês que se alimentam exclusivamente do leite materno devem iniciar a alimentação aos 6 meses de vida.

Chegou a hora, mas lembre-se que a sequência da introdução da alimentação complementar não é um regra e abaixo damos uma sugestão de sequência de introdução.

A primeira papa de fruta

A sugestão é que ela seja dada no meio da manhã, e sempre uma fruta por vez por cerca de 3 dias. Assim dá para ver como o bebê reage, se seu intestino aceita bem o novo alimento.

Se o bebê mama a cada 3 horas ou menos, a fruta pode substituir uma mamada. Mas os que mamam em intervalos de 4 horas ou mais pode ser oferecida uma fruta entre 2 mamadas.

Importante: o ideal são frutas amassadas ou raspadas, porque tem mais fibras e vitaminas. Os sucos só devem aparecer no cardápio dos pequenos depois de um ano de idade (mas lembre-se de sempre preferir as frutas). Não existe uma quantidade ideal, ela varia de acordo com a aceitação da criança.

Se no começo a criança comer muito pouco da fruta, você pode dar leite. Mas espere cerca de uma hora, nunca dê imediatamente depois que a criança comer.

Após boa adaptação da primeira papa de fruta iremos para a segunda papa de frutas.

Depois que a criança já estiver bem adaptada, você pode começar a dar a fruta duas vezes ao dia. Tenha calma, pois isso pode levar tempo, ok?

Seu bebê está adaptado às duas papinhas de fruta do dia? Então é hora da:

A primeira papinha salgada (o almoço).

Importante: mantenha as papinhas de fruta, não substitua pelo almoço.

Alguma regras básicas da papinha: ela deve ter uma proteína (carne, peixe, frutos do mar, soja), um carboidrato (batata, mandioca, farinha, cereais), um ou mais legumes, uma ou mais folhas, uma leguminosa (feijão, grão de bico, lentilha), uma colher de azeite (que você coloca depois que tiver tudo pronto). SEM SAL. Temperos caseiros estão liberados.

Agora o momento ReceiTheia: a receita da papinha.

Cozinhe os alimentos separados, amasse bem, até alcançar uma consistência pastosa. O alimento amassado fica na consistência ideal para o desenvolvimento dos dentinhos, da fonação e estimula o paladar. Isso não acontece com alimentos batidos no liquidificador.

Os alimentos mais duros podem ser passados por uma peneira ou utilizar um mixer para alcançar a consistência ideal.

Bote no prato separado, cada alimento em um lugar. Assim o prato fica mais colorido, o que chama atenção da criança, além de ser mais fácil para você identificar quais alimentos ela prefere.

Deixe a criança demonstrar quando está satisfeita. Só se deve restringir se houver algum problema como regurgitação ou ganho de peso em excesso.

Agora que você tem a receita, depois que seu bebê se adaptar você pode introduzir também a segunda papinha salgada, no jantar.

Quando seu bebê estiver fazendo todas as refeições, ele deverá ter uma rotina alimentar mais ou menos assim:

-2 porções de fruta por dia.

-2 refeições salgadas por dia, o almoço e o jantar.

-No mínimo 400 ml e no máximo 800 ml leite por dia para a quem mantém o aleitamento materno, ou seja de 3 a 4 mamas por dia.

Aqui vale lembrar que é importante ajustar os horários para que funcione melhor para a família e seguí-los à risca. A rotina é muito importante.

E bom apetite para o seu bebê.