Escrito por Gabriella Fernandes
Fisioterapeuta Pélvica na Theia

Mulheres que fazem fisioterapia pélvica têm mais chances de evoluir para o parto vaginal?

Essa é uma pergunta frequente nas consultas e a resposta é não, afinal, o parto é um evento multifatorial e complexo. Porém, pessoas que fazem as sessões de fisioterapia pélvica durante a gestação têm mais chances de participar ativamente do processo de nascimento de seus bebês, tornando essa experiência mais consciente e incrível.

As alterações fisiológicas gestacionais exercem sobrecarga mecânica sobre o organismo materno (muscular, ligamentar, articular) e podem favorecer o aparecimento de dores, disfunções e sintomas que anteriormente não existiam.

Apesar do parto se tratar de um evento fisiológico e natural ao corpo de quem gesta, atualmente muitas dessas pessoas são pouco ativas fisicamente e passam a maior parte do tempo em posturas sentadas, desconectadas das capacidades físicas, da mobilidade e do desempenho muscular favoráveis ao trabalho de parto e parto.

O que a fisioterapia pélvica propõe é uma conexão (ou reconexão) da gestante com seu próprio corpo, promovendo a percepção corporal e inúmeras possibilidades por meio da cinesioterapia, terapia manual e orientações/adaptações posturais.

A preparação para o parto é feita através de:

• Exercícios de mobilidade
• Alongamentos e técnicas de relaxamento
• Fortalecimento perineal
• Exercícios respiratórios
• Orientações para praticar fora das sessões
• Orientação e estímulo à participação ativa da parceria
• Conscientização sobre a musculatura do assoalho pélvico e sua importância
• Informações sobre fisiologia do parto
• Métodos não-farmacológicos para alívio da dor
• Massagens e posicionamentos favoráveis
• Posturas para promover o bem-estar e ajudar na descida do bebê

Esse conjunto de ações impacta positivamente a qualidade de vida durante a gestação e as experiências e desfechos de parto.