Icterícia no recém-nascido: causas e tratamento

Escrito por Família Theia e Suzana Quintiliano

A Icterícia é um dos problemas mais comuns nos recém-nascidos em que se observa uma coloração amarelada na pele, olhos e/ou mucosa. Ocorre devido à elevação da bilirrubina no sangue (hiperbilirrubinemia), que é uma substância amarelada encontrada na bile e permanece no sangue até ser eliminada na urina.

Fatores de risco

  • Prematuridade;
  • Oferta inadequada do leite materno ou jejum;
  • Predisposição genética;
  • Mãe diabética;
  • Presença de traumas no parto (cefalohematoma);
  • Incompatibilidade ABO ou Rh.

Tipos de icterícia

  1. Icterícia fisiológica:

É o tipo mais comum, mais brando e não está associada a um processo patológico. Ocorre quando o fígado não processa corretamente os glóbulos vermelhos.

Geralmente tem início após 24 horas de vida, com pico entre o terceiro e o quarto dia e declínio entre o quinto e o sétimo dia.

2.  Icterícia associada ao aleitamento materno:

Ocorre devido a uma ingestão calórica e de fluidos reduzidas, até que o aleitamento materno esteja bem estabelecido.

Pode ser de início precoce (entre o segundo e quarto dia) ou de início tardio (entre o quarto e oitavo dia).

3.  Icterícia por doença relacionada ao fígado:

Causada pela incompatibilidade com antígeno sanguíneo e pela incapacidade do fígado em conjugar e excretar o excesso de bilirrubina.

Ocorre nas primeiras 24 horas de vida e sua duração depende da gravidade e do tratamento.

Diagnóstico e Tratamento

Para uma melhor visualização da icterícia é preciso estar em um ambiente com boa luz natural e deve ser exercida pressão com o dedo sobre a pele do recém nascido. Somente um profissional qualificado, como o pediatra, pode dar o diagnóstico e o tratamento correto.

O tratamento dependerá do tipo e da intensidade da icterícia, sendo que o mais comum é a fototerapia, uma técnica em que a criança é exposta à luminosidade emitida por lâmpadas específicas.