Escrito por família Theia e Dr. Julio Caio Côrte Leal Filho

No final de dezembro de 2019 foram relatados casos de pessoas com pneumonia de origem indeterminada na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China e no dia 07 de janeiro de 2020 houve a detecção de uma nova variante da grande família de Coronavírus, nunca antes detectada em humanos.

Ainda não se sabe a origem exata do novo vírus porém supõe-se que proveio de um mercado de animais selvagens e frutos do mar em Wuhan, de forma que a provável transmissão tenha sido de um animal para um humano.

Após o aumento expressivo no número de casos e confirmação de novos casos em outros países a Organização Mundial de Saúde decretou no dia 30 de janeiro de 2020 emergência de saúde pública de interesse internacional. Esse decreto alerta todas as autoridades de saúde do Mundo a aumentar o grau de monitoramento da doença e prover, se necessário, medidas de contenção da epidemia.

Até o dia 04 de março de 2020 já foram confirmados 94261 casos de Coronavírus (3 casos confirmados no Brasil) com 3214 óbitos, uma letalidade de cerca de 3%, menor que as taxas de letalidade de outras epidemias de Coronavírus, como o SARS-CoV, com letalidade de 9,5% e o MERS-CoV, com 34,4%. Estima-se que cerca de 20% dos indivíduos infectados evoluem com gravidade.

Os sintomas da nova epidemia incluem febre, tosse, coriza, dor de garganta, dor muscular e outros sintomas que lhe assemelham a um resfriado comum. Alguns infectados podem evoluir com falta de ar, desconforto respiratório, pneumonia e insuficiência respiratória. Pessoas acima de 60 anos e com doenças preexistentes, como diabetes, doenças cardíacas e/ou pulmonares, imunossupressão entre outras tem maior chance de evoluir com gravidade.

Ainda não há um informação exata sobre o período de incubação do novo vírus porém presume-se que o tempo de exposição ao vírus e o início dos sintomas pode variar entre 2 e 14 dias. Também não há informação exata sobre o período de transmissibilidade.

O diagnóstico é feito através da história clinica do paciente, exame físico e contato suspeito com casos de Coronavírus, além de ser utilizado exames laboratoriais por biologia molecular da secreção respiratória do paciente.

Até o presente momento não há tratamento específico contra o novo vírus, recomendando-se somente medidas de suporte, como medicamentos que aliviem os sintomas e controle das possíveis complicações. Também não há disponibilidade de vacina.

Dessa forma a medida mais eficaz é evitar o contágio seguindo algumas dicas da Sociedade Brasileira de Infectologia:

·      Evitar aglomerações e ambientes fechados

·      Manter os ambientes ventilados

·      Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir

·      Utilizar lenços descartáveis para higiene nasal

·      Evitar tocar com as mãos os olhos, nariz ou boca

·      Evitar contato próximo com pessoas com quadro respiratório

·      Não compartilhar objetos

·      Lavar as mãos com água e sabão ou álcool gel com frequência