Escrito por Família Theia e Lais Hess (nutricionista)

A seletividade alimentar da criança é caracterizada por uma recusa alimentar associada a pouco apetite e desinteresse pelo alimento. O consumo alimentar desse público é altamente restrito e com resistência extrema em experimentar novos alimentos. Esse é um comportamento típico da fase pré-escolar, mas se não tratado de forma adequada pode se estender até a fase da adolescência.

Uma criança seletiva não é uma criança que não aceita alguns alimentos. Recusar determinados alimentos devido à autonomia alimentar pode acontecer por razões de preferências. No entanto, uma criança com seletividade alimentar pode chegar a aceitar apenas 20 a 30 alimentos dependendo do grau em que ela se encontra.

A seletividade alimentar de uma criança pode estar associada a diversos fatores, como por exemplo: permanência em UTI neonatais, erros na introdução alimentar, atraso na transição de consistências dos alimentos, questões psicológicas, alterações motoras ou sensoriais e, também, sensações de dor ou desconforto.

Geralmente, quando uma criança apresenta uma recusa alimentar importante, os pais se desesperam e acabam usando estratégias de alimentação que muitas das vezes acabam piorando o quadro, como demonstrar frustração e irritação, forçar a criança a comer ou substituir alimentos. Por isso, é de extrema importância a procura de auxílio profissional.

O tratamento de seletividade alimentar pode ser longo e necessita de uma equipe multiprofissional e participação ativa da família em todo o processo. A equipe pode contar com pediatra, nutricionista, psicólogo e fonoaudiólogo dependendo de cada caso.

Apesar de difícil e cansativo, a reeducação alimentar é de extrema importância para que seu pequeno volte a ampliar o cardápio e no futuro preze por escolhas saudáveis em sua alimentação. Portanto, mãos à obra!!!